sábado, 1 de março de 2025

Luta Social - Março/2025

Luta Social é um informativo da Liga Operária. 
A Importância da Ação Direta para Barrar Aumentos Abusivos na Tarifa de Ônibus

O transporte público é um direito essencial, especialmente para a população que depende dele para acessar trabalho, educação, saúde e lazer. Quando as tarifas de ônibus sofrem aumentos abusivos, são as pessoas em situação de vulnerabilidade social as mais impactadas. Diante da inércia de governos e empresas que priorizam lucros sobre direitos, a ação direta emerge como uma ferramenta vital de resistência e transformação.  

Por que a ação direta?
Mecanismos institucionais, como audiências públicas ou petições, muitas vezes falham em frear decisões autoritárias. Enquanto autoridades discutem burocracias, o custo de vida sobe, e famílias são obrigadas a escolher entre comer ou se locomover. A ação direta — manifestações, greves, bloqueios de vias ou ocupações — rompe com a passividade e coloca o poder nas mãos da comunidade. Ela gere pressão imediata, expondo a injustiça de forma visível e indisputável.  

História e Efetividade
Em junho de 2013, o Brasil viu milhões nas ruas após aumentos nas passagens. O movimento, iniciado por coletivos de juventude e movimentos sociais, usou ocupações e protestos massivos para forçar a redução das tarifas em diversas cidades. Mais do que uma vitória pontual, essa mobilização evidenciou como a ação direta pode pautar debates nacionais e questionar um modelo excludente de mobilidade urbana.  

 Coletivo e Solidariedade
A ação direta não é apenas uma tática, mas um processo educativo. Quando trabalhadores, estudantes e moradores de periferia ocupam as ruas juntos, constroem laços de solidariedade e descobrem sua força coletiva. Isso desafia a narrativa de que a população é impotente frente ao poder econômico. Cada protesto é um ato de afirmação: o transporte é um bem comum, não uma mercadoria.  

Além da Tarifa: Por Mudanças Estruturais
Lutar contra aumentos abusivos não se resume ao valor da passagem. É exigir transparência nos contratos entre governo e empresas, investimento em frota acessível e ampliação de linhas. Ações diretas sustentadas pressionam por reformas profundas, como a tarifa zero ou a estatização do transporte, garantindo que ele sirva ao povo, não ao lucro.  

Enquanto houver desigualdade, a ação direta será legítima e necessária. Parar um ônibus simbólico ou ocupar uma prefeitura não são "atos de vandalismo", mas respostas urgentes a um sistema que diariamente vandaliza a dignidade humana. A rua, espaço de luta e encontro, lembra aos poderosos: nenhum direito foi conquistado sem ousadia coletiva. A tarifa justa é só o começo.  

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